sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Falta de informação e mobilização

Buscando aceitação dos amigos ou desconhecendo as consequências do consumo de bebidas alcoólicas, o número de adolescentes que exercem tal prática está aumentando. A incorporação desses gêneros líquidos no cotidiano dos jovens expõe a fragilidade do sistema político-social atual, pois exemplifica a falta de controle sobre atividades ilícitas perante as leis.
Uma pesquisa desenvolvida por Nadir Ferreira, professora da Unep (Faculdade de Educação da universidade do Estado da Bahia), comprova a ingenuidade adolescente: "Dizem que a cerveja é fraca e apropriada para jovens", reconta Nadir. Tal ingenuidade é devido às informações limitadas, sendo um dos motivos para o aumento do consumo de álcool entre os adolescentes, visto que, mais uma vez, a educação falha se faz prejudicial à sociedade. Como podemos instruir uma criança a não jogar futebol no meio da rua, mas não conseguimos dizer a um jovem que não é certo o consumo de álcool, ainda? As teorias socioeducacionais  de comportamento vigentes deixaram de fazer sentido concomitantemente à saturação das ideias de projetos informativos do governo. As normas sociais precisam se adequar a novos parâmetros, assim como precisam se mostrar mais rígidas em alguns pontos, desenvolvendo novos atos de conscientização.
No ano de 2011, a sociedade e o governo começaram a reagir, exibindo e inovando meios de combater o alcoolismo, juvenil e adulto, como o Projeto Vida Urgente, cujo foco é instruir a não misturar bebidas alcoólicas com direção, e a Operação Balada Segura, semelhante a uma "blitz" nas madrugadas para prevenir acidentes por embriaguez. Porém, mais influente que o governo e a sociedade são os pais, que iniciam a construção do alicerce de cidadão de cada pessoa e são exemplos dentro de casa.