quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sociedade dividida em grupos

A ideia homogênea do individualismo tende a criar divisões classificatórias na sociedade. Ou seja, enquanto cada pessoa procura características que representem somente a si, ela se depara com indivíduos que tenham alguma semelhança, culminando em um convívio social - grupos humanos. Porém, há grupos rechaçados devido aos critérios negativos de identificação, como os alcoólatras.
Os critérios de inclusão em um grupo variam desde considerações físicas - como vestuário e atitudes - até psicológicas - como ideologias e valores. Quando essas considerações divergem muito do padrão de "bom" utilizado pela sociedade de modo geral, esse grupo torna-se um exemplo dos quais ninguém gostaria de participar caso fossem conhecidas as consequências. Um grupo alcoólatra, por exemplo, pode ter se iniciado com um conjunto de pessoas que gostavam das mesmas músicas, tinham uma linguagem comportamental semelhante e apreciavam degustar bebidas alcoólicas, até ficarem dependentes dessas.
Determinadas razões fizeram o grupo dos alcoólatras ser considerado inadequado para se fazer parte: a crítica social (membros em alto nível de dependência podem ter crises de agressividade e machucar gravemente alguém), os malefícios à saúde (o abuso contínuo de álcool pode danificar permanentemente inúmeros órgãos e sistemas do nosso organismo) e as más influências (a existência deste grupo pode disseminar suas "ideias" e atrair novos integrantes).
Podemos participar  de um grupo voluntária ou involuntariamente, mas é preciso conhecimento para discernir o "bom" do "ruim". Devemos, portanto, procurar as características que nos classificam na sociedade com consciência, pois há duas opções: juntar-se ao grupo ou distanciar-se dele.


(Tema: UFRGS 1994)

sábado, 21 de abril de 2012

Medidas ambíguas para igualdade racial

A sociedade contemporânea não está apta para ser igualitária racialmente, pois não consegue dispor de medidas culturais e judiciais que embasem tal ideia. Inúmeras diretrizes apresentam esse objetivo, como as cotas raciais em universidades, mas contém falhas em suas considerações.
Perante a lei, discriminação de qualquer tipo é crime; no entanto, a diferenciação racial adotada por algumas universidades, como a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - não é classificada assim. Impossível, então , é considerar todos os homens iguais, independentemente de sua raça, se para ingressar em um curso superior a média de aprovação para negros é mais baixa que para brancos.
Julgar o conhecimento de uma pessoa com base na cor de sua pele é um preconceito pouco reconhecido, devido a sua apresentação como uma tentativa de solucionar o problema. O órgão responsável pela distinção na forma de ingresso em determinadas universidades se justifica alegando considerar o mercado de trabalho. Porém, na realidade, considera o negro desfavorecido intelectualmente, por questões culturais, para disputar bons empregos com os brancos. Assim, afirma, em outras palavras, que negros e brancos podem torcer juntos em estádios, por exemplo, mas raramente são vistos juntos no mesmo ambiente de trabalho.
Concomitantemente a uma reformulação na visão social do homem, torna-se necessária uma revisão nas ideias que hoje são consideradas como combate à desigualdade racial. Com as modificações corretas, essa disparidade de tratamento pode ter fim e a democracia sem ressalvas pode ser instituída.