domingo, 3 de março de 2013

A origem da essência

Vida é a nomenclatura de um período existente entre o nascimento e a morte; porém, do mesmo modo que ninguém decide como alguém irá viver, ninguém decide o tipo de essência que esse terá. Isto é, o mundo não influencia na formação do ser, essência, dos homens, pois só as atitudes e decisões do mesmo conseguem formular seu ser. Analisar a relação entre o mundo e o homem, dessa forma, é o centro do pensamento Existencialista, o qual pode ser exemplificado por várias atitudes ou situações, como a formação do ser de crianças abandonadas e a mente de um assassino, e pode ser contraposto com o que diz a sociedade.
A partir do momento em que estudamos o Existencialismo começamos a achar pontos ideológicos os quais divergem das informações que tínhamos de início. Ou seja, enquanto estávamos acostumados a acreditar que uma família bem estruturada, tradicional e amorosa era o ideal e necessário para influenciar uma criança a ter boa índole, o Existencialismo surge e leva esse pensamento a derrocada. Reunindo argumentos os quais favoreçam o “conhecimento popular”, da sociedade, temos como forte exemplo os assassinos. Homens, na maioria das vezes, que sentem gosto em causar dor aos outros ou apresentam um dia de fúria descomunal (distúrbio mental). Parentes do assassino não compreendem seus atos, pois ele foi muito bem educado e a sociedade concorda com este ponto de vista. Mas o Existencialismo resume os problemas mentais e ou comportamentais de assassinos a escolhas erradas realizadas pelo mesmo. O assassino escolheu esse caminho e essas ações, assim, deturpou a sua essência ainda no período inicial da mesma, a partir das suas primeiras escolhas “erradas”.
A existência precede a essência, então, uma criança não pede para nascer, ela nasce e tenta se adequar ao mundo tomando decisões que formarão a sua essência, o seu ser. Se a crianças for abandonada em um orfanato, o seu ser só sofrerá influências se a criança tomar decisões diferentes. Isto é, por mais que as condições de criação da mesma não sejam iguais às condições de um ambiente familiar “tradicional”, o Existencialismo coloca o homem, no caso, a criança, como único responsável por aquilo que ele é. Tendo uma família formada ou não, a criança poderá ser apresentada às drogas e bebidas alcoólicas na adolescência, e somente a sua resposta, a sua decisão, dirá se ela corre riscos de vir a ser uma pessoa drogada ou alcoólatra.
O mundo pode ou não influenciar a essência do homem? Esta é uma dúvida sem resposta exata, há, apenas, distintas respostas que aderem a um censo padrão-social, às ideologias ou estudos científicos. Ideologias passadas, como o Existencialismo, “culpam” as decisões e ações, o censo padrão da sociedade direciona o foco do problema à má educação familiar, mas a ciência indica anomalias cerebrais, como o mau funcionamento do sistema límbico, gerando certa empatia. Não importando exatamente como formamos o nosso ser, temos que tentar ser o mais responsável quanto possível na formação da essência.

sábado, 2 de março de 2013

O peso das ações

Considerando-se o contexto capitalista no qual vivemos, a disputa empresarial tornou-se cada vez mais marcante. A ideia de ter mais renda e exercer mais poder que outro homem transformou a sociedade atual em uma sociedade extremamente competitiva. Com esta competitividade inúmeros valores foram perdendo a importância na vida das pessoas. Porém, há livros, e outros meios, de conscientização e restabelecimento de valores.
James C. Hunter, escritor de “O Monge e o Executivo”, consegue abranger de forma lúdica e envolvente conceitos básicos para que possamos entender e refletir sobre nossas próprias ações, com isso, compreender melhor a vida. Mostra-nos, com exemplos do cotidiano, que todos os acontecimentos próximos de nós pedem uma reação, isto é, exigem-nos uma atitude, de certo modo, uma resposta. E, essa, muitas vezes pode prejudicar alguém de nossa convivência. Devemos ser perceptíveis aos nossos atos, os quais geram consequências positivas e ou negativas a outras pessoas, nossas atitudes sempre servirão de exemplo para os outros.
Elucidando significados de termos muito comuns, como liderança, autoridade, respeito e amor, James C. Hunter dá dicas de como conduzir melhor as pessoas, defender quem realmente importa (estabelecendo prioridades) e obter informações relevantes antes de formular uma conclusão. Em O Monge e o Executivo, liderança é mais indicado que autoritarismo, pois um líder influencia pessoas de modo positivo, executa tarefas ao mesmo tempo em que constrói relacionamentos e aplica princípios. Enquanto, ser autoritário, é impor sua condição de poder sobre outras pessoas, sem pensar em criar relações construtivas. Lembre-se que o sentimento de respeito é fundamental para que se lidere um determinado grupo. Já, o amor, é apresentado como sinônimo de muitas palavras de origem grega (“eros”, “storgé”, “philo” “agape/agapó”) para poder definir seus muitos significados plausíveis, tais como, conhecimento, sentimento (baseado em fatores sexuais), honestidade, comprometimento, escolha, entre outros.
Uma das citações presentes no livro é de Kierkegaard: “Não tomar uma decisão já é uma decisão, não fazer uma escolha já é uma escolha” e, com ela, enfatiza a enormidade de decisões e escolhas que fazemos a todo o momento. Escolher fazer um trabalho, ser voluntário, importar-se com os outros e ser respeitoso são apenas algumas das resoluções com grande valor que precisamos tomar. E, para não errar na hora de decidir, temos que ter os conceitos de valores bem esclarecidos. Isto é, devemos ter acesso às definições dos valores para podermos voltar a construir e investir em uma sociedade pacífica e caracterizada pela boa competitividade.