Vida é a nomenclatura de um período existente entre o
nascimento e a morte; porém, do mesmo modo que ninguém decide como alguém irá
viver, ninguém decide o tipo de essência que esse terá. Isto é, o mundo não
influencia na formação do ser, essência, dos homens, pois só as atitudes e
decisões do mesmo conseguem formular seu ser. Analisar a relação entre o mundo
e o homem, dessa forma, é o centro do pensamento Existencialista, o qual pode
ser exemplificado por várias atitudes ou situações, como a formação do ser de
crianças abandonadas e a mente de um assassino, e pode ser contraposto com o
que diz a sociedade.
A partir do momento em que estudamos o Existencialismo
começamos a achar pontos ideológicos os quais divergem das informações que
tínhamos de início. Ou seja, enquanto estávamos acostumados a acreditar que uma
família bem estruturada, tradicional e amorosa era o ideal e necessário para
influenciar uma criança a ter boa índole, o Existencialismo surge e leva esse
pensamento a derrocada. Reunindo argumentos os quais favoreçam o “conhecimento
popular”, da sociedade, temos como forte exemplo os assassinos. Homens, na
maioria das vezes, que sentem gosto em causar dor aos outros ou apresentam um
dia de fúria descomunal (distúrbio mental). Parentes do assassino não
compreendem seus atos, pois ele foi muito bem educado e a sociedade concorda
com este ponto de vista. Mas o Existencialismo resume os problemas mentais e ou
comportamentais de assassinos a escolhas erradas realizadas pelo mesmo. O
assassino escolheu esse caminho e essas ações, assim, deturpou a sua essência
ainda no período inicial da mesma, a partir das suas primeiras escolhas
“erradas”.
A existência precede a essência, então, uma criança não pede
para nascer, ela nasce e tenta se adequar ao mundo tomando decisões que
formarão a sua essência, o seu ser. Se a crianças for abandonada em um
orfanato, o seu ser só sofrerá influências se a criança tomar decisões
diferentes. Isto é, por mais que as condições de criação da mesma não sejam
iguais às condições de um ambiente familiar “tradicional”, o Existencialismo
coloca o homem, no caso, a criança, como único responsável por aquilo que ele
é. Tendo uma família formada ou não, a criança poderá ser apresentada às drogas
e bebidas alcoólicas na adolescência, e somente a sua resposta, a sua decisão,
dirá se ela corre riscos de vir a ser uma pessoa drogada ou alcoólatra.
O mundo pode ou não influenciar a essência do homem? Esta é
uma dúvida sem resposta exata, há, apenas, distintas respostas que aderem a um
censo padrão-social, às ideologias ou estudos científicos. Ideologias passadas,
como o Existencialismo, “culpam” as decisões e ações, o censo padrão da
sociedade direciona o foco do problema à má educação familiar, mas a ciência
indica anomalias cerebrais, como o mau funcionamento do sistema límbico,
gerando certa empatia. Não importando exatamente como formamos o nosso ser,
temos que tentar ser o mais responsável quanto possível na formação da
essência.
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