sábado, 15 de dezembro de 2012

Viagem: a professora moderna


A mobilidade sempre trouxe ao homem a possibilidade de descobrir diferentes locais, culturas e idiomas. O acesso a tais diversidades tende a aprimorar e aumentar o conhecimento da sociedade e do indivíduo, conforme a ideologia da globalização atual. A viagem, por exemplo, contém todas essas características, além da versatilidade, e pode ser utilizada como uma educadora moderna.
Independente da distância percorrida e d local de destino, toda viagem é uma oportunidade de aprendizagem. Atravessar fronteiras, mares e oceanos proporciona-nos conhecer padrões diferentes com os quais convivemos. Ir do Brasil ao Oriente Médio, por exemplo, é se introduzir em uma cultura mais pobre financeiramente (em algumas regiões), com maior risco bélico e presenciar uma sociedade que valoriza mais o homem do que a mulher. Ademais, apresenta grande desenvolvimento tecnológico e arquitetônico.
Aprender com uma viagem pode significar conhecer melhor a si mesmo. Isto é, com pouco ou nenhum deslocamento, descobrimos novos pontos sobre nossa personalidade ou aperfeiçoamos ideias e pensamentos. O autoconhecimento pode ser a viagem mais desafiadora, educativa e importante que devemos realizar.
Com as inúmeras oportunidades de aprendizagem das viagens, devemos estar dispostos a ouvir críticas sobre o nosso estilo de vida, por exemplo, e precisamos ser receptivos às práticas adversas aos nossos costumes. A diversidade descoberta com as viagens para o exterior ou ao nosso interior é sempre fonte de conhecimento.

Parcimônia entre previsível e inesperado


Revolução neolítica, surgimento da escrita, queda de Roma, tomada de Constantinopla, revolução francesa – esses dão exemplos de acontecimentos históricos imprevistos. Porém, eles alteraram alguma característica sócio-política do período. É pertinente, na vida, a parcimônia entre situações surpreendentes e esperadas.
A invariabilidade emocional oferecida por ocasiões antecipadas é o aspecto que torna esses fatos os mais desejados pelos adultos. Vivenciar situações racionalmente previsíveis fornece uma sensação de segurança, visto que todas as variantes foram analisadas e consideradas – analisamos e solucionamos os previstos antes que esses ocorram.
Diferentemente dos pais, os filhos (adolescentes) preferem situações com mais surpresas e que despertem diversas emoções novas. O período pelo qual estão passando os faz querer vivenciar “cinqüenta anos em cinco” (lema de Juselino Kubitschek durante seu governo). Anseiam descobrir todos os mistérios da vida enquanto não dispõe de grandes preocupações, e planejar cada parte deste tempo não os agrada.
Fatos históricos não foram previstos, mas, mesmo sem oferecer uma segurança inicial, resultaram em mudanças positivas. No decorrer da vida, cada indivíduo presencia acontecimentos antecipados e surpreendentes, e ambos são importantes para equilibrar as emoções, de modo que cada tipo tem um momento de destaque adequado.