Considerando-se o contexto capitalista no qual vivemos, a
disputa empresarial tornou-se cada vez mais marcante. A ideia de ter mais renda
e exercer mais poder que outro homem transformou a sociedade atual em uma
sociedade extremamente competitiva. Com esta competitividade inúmeros valores
foram perdendo a importância na vida das pessoas. Porém, há livros, e outros meios,
de conscientização e restabelecimento de valores.
James C. Hunter, escritor de “O Monge e o Executivo”,
consegue abranger de forma lúdica e envolvente conceitos básicos para que
possamos entender e refletir sobre nossas próprias ações, com isso, compreender
melhor a vida. Mostra-nos, com exemplos do cotidiano, que todos os
acontecimentos próximos de nós pedem uma reação, isto é, exigem-nos uma
atitude, de certo modo, uma resposta. E, essa, muitas vezes pode prejudicar
alguém de nossa convivência. Devemos ser perceptíveis aos nossos atos, os quais
geram consequências positivas e ou negativas a outras pessoas, nossas atitudes
sempre servirão de exemplo para os outros.
Elucidando significados de termos muito comuns, como
liderança, autoridade, respeito e amor, James C. Hunter dá dicas de como
conduzir melhor as pessoas, defender quem realmente importa (estabelecendo
prioridades) e obter informações relevantes antes de formular uma conclusão. Em
O Monge e o Executivo, liderança é mais indicado que autoritarismo, pois um
líder influencia pessoas de modo positivo, executa tarefas ao mesmo tempo em
que constrói relacionamentos e aplica princípios. Enquanto, ser autoritário, é
impor sua condição de poder sobre outras pessoas, sem pensar em criar relações
construtivas. Lembre-se que o sentimento de respeito é fundamental para que se
lidere um determinado grupo. Já, o amor, é apresentado como sinônimo de muitas
palavras de origem grega (“eros”, “storgé”, “philo” “agape/agapó”) para poder
definir seus muitos significados plausíveis, tais como, conhecimento,
sentimento (baseado em fatores sexuais), honestidade, comprometimento, escolha,
entre outros.
Uma das citações presentes no livro é de Kierkegaard: “Não
tomar uma decisão já é uma decisão, não fazer uma escolha já é uma escolha” e,
com ela, enfatiza a enormidade de decisões e escolhas que fazemos a todo o
momento. Escolher fazer um trabalho, ser voluntário, importar-se com os outros
e ser respeitoso são apenas algumas das resoluções com grande valor que
precisamos tomar. E, para não errar na hora de decidir, temos que ter os
conceitos de valores bem esclarecidos. Isto é, devemos ter acesso às definições
dos valores para podermos voltar a construir e investir em uma sociedade
pacífica e caracterizada pela boa competitividade.