sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Enquanto me revirava na cama

Era tarde.
Bem tarde.
Eu deveria dormir.
Eu tentei.
Não dormi.
Rolei na cama.
Mais de uma vez.
Só tinha uma coisa na cabeça.
Um pensamento imutável.
Um rosto familiar.
Só uma imagem comum.
Adivinhe o que é.
Aposto que conseguirá.
Tem três tentativas.
Mas as duas primeiras não valem.
Tente.
Tente com o coração.
Você acertou.
Mais uma vez.
Mais uma vez você acertou.
Acertou o que eu pensava.
Enquanto me revirava na cama.
Pensava em você.
Em nós.
Era nisso que eu pensava.
Nessa ilusão.
Utopia.
Ou, até mesmo, realidade.
Pensava.
Lembrava.
Imaginava.
Revia.
E concluía.
Concluía que não haviam certezas.
Certezas não existiam.
Pensava em nós.
Revirava-me na cama.
Cada vez mais e mais.
Pensava se deveria falar a verdade.
Se deveria dizer o que sinto.
Algo difícil.
E se não for recíproco?
E se você deixar de ser meu amigo?
Jamais quero te perder.
Ao menos meu amigo você tem que ser.
Sinto algo por você.
Mesmo sem saber o que.
Só tenho medo de falar.
Assumir.
Algum dia vou conseguir.
Você estará lá para ouvir.
Sua opinião eu não sei.
Posso só uma coisa dizer.
Dizer que te amo.
É algo forte.
Não posso impedir.
Amo-te.
Não quero te perder.
Por isso me reviro na cama.
Só tenho um desejo.
Você.
Sua compainha ao meu lado.
A cama não seria mais fria.

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Post de Balneário Camboriu - SC (férias né gente)

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